já fazia um tempo que não via estrelas no céu, mas hoje elas estavam lá.
penduradas na imensidão escura de uma sexta-feira, elas brilhavam rodeadas por nuvens finas e poluição.
então me lembrei que alguém um dia me disse que o brilho que vemos de uma estrela hoje não é o brilho de hoje, e sim o brilho do passado, o brilho de uma estrela morta.
e isso me fez pensar.
se uma estrela, de alguma forma, brilha depois de morta de que forma eu farei isso?
como eu deixarei minha marca no mundo/universo, ou melhor, na existência? como a luz que existe em mim continuará brilhando eternamente pelas galáxias a dentro?
felizmente, encontrei a resposta na minha mente, pois sei que so há um jeito de ser eterno — e como a estrela, eu preciso morrer para isso.
preciso morrer para continuar brilhando, por isso já não temo a morte, pois sei que ao morrer, encontrarei Vida naquEle que tudo criou.
ao morrer, continuarei brilhando.
como as estrelas, ou até mais que elas.